sábado, 25 de fevereiro de 2012

1ª Parte da Viagem Para a Europa

Esta minha viagem pela Europa durou do dia 26/07/2010 até 15/09/2010, ao todo visitei 8 países, que são, Itália, Espanha, Portugal, França, República Checa, Áustria, Eslováquia e Hungria.
Minha viagem nesses 52 dias foi dividida em 2 partes, a 1ª parte vai do dia 26/07/2010 até 15/08/2010, já a 2ª parte vai do dia 15/08/2010 até 15/09/2010.
Na 1ª parte da viagem viajei com um amigo de mochilão, percorremos 6 países economizando e dormindo em albergues, já na 2ª parte da viagem encontrei com meus pais e familiares em Portugal, onde começamos outra viagem totalmente diferente, nesta alugamos um carro, e percorremos Portugal (todo), Espanha e França.


1ª Parte da Viagem Para a Europa

Tudo começou 2 meses antes eu e meu amigo decidindo por onde iríamos começar a nossa viagem, eu nesta altura já sabia que meus pais e familiares já estavam se organizando para uma viagem à Europa, pegamos o mapa da Europa e a calculadora, estávamos empolgados com a possibilidade de estarmos novamente no velho continente, minha última visita para aquelas bandas já passavam dos 12 anos, meu amigo já havia estado mais recentemente, mas foi no reveillon de uns 5 anos atrás na casa de sua tia em Roma.
Alguns dias depois já sabendo a data precisa da viagem dos meus pais e familiares, e também sabendo que teria que estar com eles em Portugal dia 15/08, começamos a nos agilizar com as passagens de avião e ônibus, queríamos economizar em todos os sentidos, não tínhamos muito dinheiro e aquela era a hora.
Depois de decidir os lugares que iríamos, meu amigo entrou em contato com sua tia em Roma na Itália, gostaríamos muito de conhecer Roma, claro da forma mais barata, nada estava certo se poderíamos ficar hospedados por um tempo em sua casa, o plano era o seguinte, fazer da casa da tia do meu amigo o QG(Quartel General), dali sairíamos para todos os lugares, isso com a guarida de poder deixar roupas, malas e outros objetos que não poderíamos andar no avião.
Começamos a comprar as passagens as primeiras foram para a Itália, como iria ter que voltar com meus familiares no final de toda a viagem resolvemos ir pela Companhia Aérea TAP, o esquema era o seguinte, iria voar do Rio de Janeiro até Lisboa, esperava 3 horinhas e embarcava em um outro vôo para Roma, na volta iria sair de Roma dia 15/8 e iria chegar no Porto para encontrar meus pais e familiares e dia 15/09 voltaríamos todos no mesmo vôo para o Rio de janeiro, tudo pela mesma companhia aérea, todos esses 4 vôos saíram a 2200,00 reais, já meu amigo foi pela Companhia aérea Condor, ele foi para a Bahia, depois Alemanha depois de algumas horas chegou em Roma. As passagens dele custaram 820 dólares, ida e volta.
As próximas passagens a serem compradas foram pela companhia Easy Jet de Roma para Madrid, Madrid para Milão, Milão para Praga e Praga para Milão, e saíram a 150 Euros tudo.
Não encontramos vôo direto de Madri para Praga por isso tivemos que descer em Milão, da viagem foi a pior coisa que fizemos, perder 2 dias naquela cidade, isto se deve também ao albergue que era um dos piores também.
Continuando, compramos as passagens de ônibus de Praga para Viena usamos EUROLINES.CZ por € 21. Depois compramos de Viena Para Budapest pela companhia Eurolines Austria- Blaguss saiu por 23 euros.
Em seguida para fechar compramos as passagens de ônibus de Budapest até Praga pela companhia VOLÁNBUSZ Co. Ltd deram 5.950 HUF = € 22.
Agora só estava faltando 1 passagem a de Milão para Roma que compramos pela companhia Aérea Ryanair por 15 Euros.
Pronto tudo comprado agora só estava faltando os albergues, para fazer as reservas pesquisamos no Hostelworld.com e no booking.com.
Conseguimos em Praga o River Bank Hostel por 23 euros 2 noites, este foi muito bem recomendado por uma amiga que ficara lá alguns anos atrás.
Em Viena ficamos no A&O Wien Stadthalle uma grandiosa rede de albergues, 1 noite por 24 euros. Sendo que mais 3 Euros pela roupa de cama que é cobrada a parte.
Outro albergue que ficamos foi o Hostel Greco Milan, em Milão, este não recomendo a ninguém, pagamos a diária de 16 Euros, ficamos também no Musas Residence Hostel em Madrid, muito bom hostel, encontramos muitos brasileiros lá.
E por fim o Hostel de Budapeste Maria Hostel este foi o albergue mais barato da viagem 7 euros por noite.
Depois de compradas as passagens e as reservas dos albergues não têm mais volta, a ansiedade tomava conta de todos, por fim a tia do meu amigo liberou a casa, não precisaríamos gastar com acomodações em Roma.
Fiz meu cartão de viagens do Visa o Visa TravelMoney, sem problemas facílimo de usar, ele já é carregado em Euro, a medida em que você vai usando ele é descontado diretamente do seu cartão, fácil e rápido.
O meu cartão eu adquiri na Ultramar, uma agência de viagens e Câmbio daqui do Rio de Janeiro, mas este cartão pode ser adquirido em várias outras agências de viagens e Câmbios pelo Brasil.
Depois do cartão entrava em sites como www.mochileiros.com/ para ler sobre relatos de pessoas que foram recentemente para lá, para ver o que outras pessoas faziam nesses lugares tão distantes da minha terra.
Tudo isso te deixa com mais vontade de estar lá, mas é válido, neste momento reuni um acervo fenomenal de coisas que deveria fazer quando chegasse aos destinos certos.
As semanas se passaram, e ai chegou o grande dia, primeiro foi meu amigo, no dia seguinte fui eu, levei 8kg de bagagem para 52 dias, uma pequena mala, sabia que iria lavar muita roupa pela viagem.



Meu avião chegou, eu me despedi de todos, e embarquei, foi demorado o vôo ainda atrasou um pouco, foi até bom, pois teria que ficar 3 horas no aeroporto de Lisboa. No vôo tudo ótimo, fiquei na poltrona da saída de emergência, (quando for viajar dê preferência às saídas de emergência, você poderá esticar as pernas, os demais não puderam, lembro até de um cara alto que foi em pé, ele só sentava quando era preciso.)
Tirando que eu fui na saída de emergência tudo correu como esperado, comida ruim, cadeiras pequenas, um pouco de frio, criança chorando e vistas fabulosas das ilhas africanas. (Estava sem nuvens).
Chegando em Lisboa, meu vôo para Roma já estava atrasado, acabou que deu no mesmo meu vôo ter atrasado para sair do Brasil, acabei esperando até mais de 3 horas. Enfim, depois de trocarem o portão de embarque 2 vezes, fui para Roma com um avião que nunca tinha visto em toda minha vida, havia de um lado do avião com 2 poltronas uma ao lado da outra e do outro lado haviam 3 poltronas uma do lado da outra, entre, um corredor como de costume, o que não estava certo ao meu ver era que estava faltando uma fileira de bancos de um lado, ou sobrando de outro, acho que foi por isso que me puseram na fileira dos 2 bancos apenas, para equilibrar. Por apenas alguns minutos ficamos em silêncio, a expectativa e ansiedade da hora do vôo são muitas, mas o silêncio não durou muito, com 4 minutos de vôo pude perceber uma cantoria na cozinha do avião, ou melhor na parte de trás do avião, eram freiras que estavam puxando um cântico religioso, logo outras pessoas se sentiram a vontade para cantar sabendo que ali estavam indo para o mesmo intuito o Vaticano. Não atrapalhou em nada, estava cansado, não conseguira dormir no outro vôo, então coloquei meu sono em dia indo para Roma.






Chegando em Roma, fui recepcionado pelo meu amigo e seu primo italiano, meu amigo havia chegado no dia anterior, estava quente, mais de 30° de temperatura, chegamos e fomos ao encontro de um amigo nosso que tem casa em Roma, ele chegou já avisando que teríamos um futebol para jogar, que já estava tudo
marcado com uns amigos de Roma.


Cheguei em Roma ainda estava claro o dia, fomos direto para casa da tia do meu amigo, peguei emprestado uma chuteira e lá fomos nós, estava bem cansado depois das 15 horas entre Rio de Janeiro e Roma. Aproveitamos bem, fomos até o futebol, jogamos bem, claro que ficamos no mesmo time, e fizemos até gol. Não jogava deveria ter uns 3 anos, pois é, depois daquele futebol, pagamos os 7 euros por pessoa do aluguel do campo, até lembramos que era o preço do albergue de Budapeste.








Depois ainda fomos a uma sorveteria e depois voltamos para casa da tia do meu amigo.

Dia seguinte fomos conhecer a praia Romana, estava mesmo quente, em seguida iríamos encarar nossa 1ª balada, este dia foi bom, bem proveitoso, achei interessante na praia ter caixas de som, com músicas da atualidade, fiquei pensando se daria certo no Rio de Janeiro. Fomos à praia gostamos e voltamos para a casa da tia do meu amigo quando de repente encontramos algo que mudaria a história da nossa viagem, o nome dela é FONTANELA, alertados por nosso amigo que ali sai água potável de graça, era apenas apertá-la e pronto, água para quem tem sede, deste dia em diante não andávamos mais na Europa sem saber se antes o lugar tinha FONTANELA ou não, geralmente sempre tinha, tiramos foto enchemos cantis d’água.


Fomos para casa da tia do meu amigo, nos arrumamos e saímos todos para boate em Roma, a entrada era franca até as 2 da manhã, chegamos e aos poucos fomos conhecendo o ambiente, o lugar bonzinho mas tinham poucos nativos, a maioria da galera era de outras regiões da Europa curtimos e saímos tarde.



No dia seguinte fomos de novo à praia, mas chegamos tarde e aproveitamos para dar uma volta e conhecer a região, nesta nossa andada outra surpresa que mudaria os rumos da viagem, encontramos o Mc Donald’s, e descobrimos que alguns hambúrgueres são somente 1 euro, outros um pouco mais caros 3 euros, mas o que nos interessou foi o de 1 euro.
Passado o Mc Donald’s fomos para casa do nosso amigo daqui do Rio de Janeiro que tem família em Roma, ficamos sabendo no caminho que logo mais teríamos outro jogo de futebol que já estávamos escalados para completar o time, neste eu não joguei, não agüentava de dor do último jogo, 3 anos sem jogar e praticamente uns 2 sem exercícios físicos me fizeram um velho, sentei e só observei.

A noite chegou e fomos dormir na casa desse nosso amigo, indo para casa dele de trem vimos alguns convites para shows de música brasileira, achamos engraçado, neste momento ficamos sabendo que a colônia de brasileiros em Roma era enorme.

Fomos de trem em direção a periferia, na verdade a periferia de Roma é bem diferente daqui do Rio de janeiro e de São Paulo por exemplo, pelo que eu pude perceber periferia é apenas o que está um pouco longe do centro, no caso esse nosso amigo morava quase de frente pra praia, em um dos melhores lugares da região, entre bares, boates e é claro a praia, só que ele nos disse que tudo é bom realmente no verão, onde o sol vai até as 7, já no inverno tudo muda, o frio não deixa as pessoas saírem de casa, tudo em volta de sua casa fecha, inclusive a praia, e neste momento sua casa vira uns dos piores lugares para morar de Roma, pois tudo acaba virando longe demais e no frio ninguém gosta de andar muito.

Realmente estávamos na Itália, as pizzarias e padarias sempre vendendo as deliciosas pizzas italianas, e nós é claro, sempre provando uma aqui, outra ali, na Itália as pizzas não são como no Brasil, a massa das pizzas italianas são grossas demais e na maioria dos lugares onde vimos pizzas a serem vendidas elas estavam em tamanhos enormes, onde o cliente escolhe o sabor e o empregado da empresa corta uma boa fatia e pesa, o valor vai depender do peso e do tipo de pizza que você quer.



Achamos que este seria um negócio que daria certo no Rio de Janeiro e em São Paulo, mas logo que eu comprei o meu pedaço pedi um ketchup para acompanhar, como costumo fazer quando vou a uma pizzaria aqui no Rio de Janeiro, o moço do estabelecimento não entendeu muito bem o que eu quis dizer então chamei meu amigo italiano para perguntá-lo diretamente, talvez o funcionário não esteja familiarizado com este termo...ou ali ketchup seja outra coisa, meu amigo na hora falou que pedir ketchup na comida é um pecado na Itália, ele disse que ketchup é usado para disfarçar o gosto ruim de algum alimento que você não tenha gostado, então cuidado se você for a um restaurante e pedir aquele prato de macarronada e logo em seguida pedir um tal de ketchup cuidado, o cozinheiro pode lhe tacar o tal do ketchup na cabeça. Outra diferença é que a pizza é vendida e você a leva em um pequeno saco, isso mesmo em um saco tipo de sanduíche, lá se come pizza com as mãos, como se come cachorro quente, não tem garfo nem faca.
Chegamos na casa do nosso amigo, estava louco para mandar e-mails, principalmente para minha namorada que já passavam 4 dias sem nos falar, havia mandado um e-mail na casa da tia do meu amigo mas foi para minha família, fiquei até umas 2 da manhã esperando minha namorada entrar no computador, a diferença é de 4 horas para mais, depois nos falamos e a avisei de que seria cada vez mais difícil de nos comunicar devido a instabilidade de lugares por onde iria passar, conversamos e logo fui dormir.

No dia seguinte já estávamos combinando uma night, como dizemos aqui no Rio, ou balada em outros lugares, ou até mesmo um arrasta pé, nosso dia inteiro ficou em função de achar outro lugar para nos divertir diferente do 1° que agente foi, fomos ao supermercado e fizemos as compras da pré-night ou pré-balada ou pré-arrasta pé, supermercado é igual no mundo inteiro, a diferença está na diferença dos produtos vendidos eu digo das marcas, o resto é igual, só o que me surpreendeu foi o valor de alguns produtos, cachaça 51= 13,5€ , equivale na época que eu estava lá 32,4 reais, já comprei no mercadinho daqui de casa a 51 por 5 reais e ainda achei caro, vodka absolut = 9€ equivalente a 21,6 reais em uma garrafa de 750ml e o que mais me impressionou hed bull = 0,89 € não era nem 1€, se fosse 1€ já seria barato convertendo daria 2,4 reais no câmbio do momento, naquele momento ví o peso da tributação em nosso país, e de nossos produtos nos paises deles, pagamos cerca de 3 ou em alguns casos 4 vezes o produto e vice versa.




Fizemos as compras e fiquei pensando se meus amigos do Rio de Janeiro estivessem ali no supermercado eles iriam comprar quase todas as bebidas, pois todas estavam com um preço bem abaixo do que costumamos comprar aqui no Rio. Logo chegou a noite e passamos em uma boate que parecia um esconderijo, ela funcionava debaixo de um albergue, ou coisa parecida, estava cheio de gente, todos turistas como nós, fizemos amizades com um grupo de espanhóis eles estavam em um grupo de uns 10, já nós de 3, a entrada era barata 10€ só que lá dentro tudo era meio caro, tínhamos 1 drink de cortesia.

Sempre gostei de night, meu itinerário em viagens sempre é repleto de bares e boates, as mais variadas possiveis, cada uma delas tem um diferencial, no Rio de Janeiro conheço todas e com alguma esperiência podemos ver que as boates no Brasil em geral não perdem em nada para as do continente europeu, a diferença está na música tocada, enquato aqui no Rio o repertório vai de marchinhas de carnaval passando pelo funk e o axé até o pop americano, na Europa em sua maioria é tocado somente o pop americano ou as músicas americanas em geral e os conhecidos ritmos eletrônicos e seus derivados, na época a sensação do momento era a cantora shakira com a música da copa de 2010 que havia acabado de acabar.

Ao entrar na boate logo quiz ir ao banheiro estava super apertado por causa das bebidas que já havia tomado na nossa pré-night, a boate parecia a minha casa, era um corredor e nesse corredor iam aparecendo uns cômodos, uns espaços vazios que eles chamavam de ambientes, um deles eles transformaram em banheiro, na fila (única) tinham homens e mulheres, logo pensei, ops..errei o banheiro não é aqui não, vou continuar o corredor uma hora deve aparecer...continuei e teve uma hora que acabou em uma saleta grande com uns puffs e um sofazão, e um cheiro esquisito, alí era o fumódromo da galera, tinha de tudo(lícito) narguile, charuto,cachimbo e cigarros comuns, no mesmo pé que entrei foi o pé que deu ré, o lugar fedia o meu olho começou a lacrimejar, o cheiro era muito forte, nisso encontrei o nosso amigo italiano e o perguntei, - onde fica esse banheiro aqui? Ele me respondeu o que eu não imaginaria, - você já passou por ele, é aquele com uma fila enorme.


Nossa, todo mundo junto para 2 privadas, sendo que 1 já tava vomitada, foi em uma das vezes em que fui ao banheiro que fizemos amizades com os espanhóis, e as espanholas, todos eram do mesmo grupo e lógico o nosso assunto era sempre o mesmo, futebol, ou melhor copa do mundo, sendo que uma outra característica das boates européias é que quase não tem seguranças fazendo ronda na boate, a violência é muito pouca, mesmo com tanta bebida barata, isso prova que não é a bebida que provoca a bagunça e a briga e sim a educação daquela pessoa, aqui no Rio de Janeiro brigas são frequentes em boates, bares, na rua, no cinema, no trânsito, na escola, na praia em tudo, isso é um problema. Neste grupo de espanhóis tinham 3 caras que eram de longe os mais empolgados, eles andavam com um megafone, isso dentro da boate, não sei como deixaram eles entrarem com aquilo, eles só gritavam naquele negócil, na fila do banheiro com aqueles caras estava mais divertido do que na própria boate, por fim a noite acabou e fomos embora, ainda percorremos um bom pedaço a pé com eles pelas ruas de Roma, e é claro sempre cantando e gritando naquele megafone.







Voltamos para casa da tia do meu amigo, pois a casa do nosso amigo italiano estava a horas dali e também os trens para aquela região de Roma param de passar as 8 da noite só voltam no dia seguite as 6 ou7.

Chegamos e fomos preparar uma macarronada para comer, e percebemos que a massa de lá também é diferente, é um pouco mais dura, a massa mesmo bem cozida não é tão molenga como as nossas daqui do Brasil.


No dia seguinte acordamos bem tarde e fomos conhecer o Coliseu, a tia do meu amigo falou para nós que não marquemos nada para noite que ela iria nos levar a um restaurante, do qual ela gostava bastante, fomos de metrô para o Coliseu, mesmo sendo perto da casa onde estávamos preferimos dar uma andada de metrô a andar a pé, descemos praticamente em frente ao Coliseu, enorme, lindo e lotado, fila para a bilheteria, fila pra entrar, fila pra tudo, parecia que todos os turistas estavam ali, sempre vinham uns guias perguntando se nós gostaríamos de contratar os seus serviços, nós sempre dizíamos que não, depois de 2 horas conseguimos entrar realmente, e ele é realmente fabuloso, gigantesco, 12€ da direito a tudo, no ingresso está escrito: colosseo + mostra + palatino + foro.







Expansão do Império Romano


 

 Quando vc entra e vê que ainda tem muito mais coisa para vc ver e pensa, eu deveria ter vindo de manhã para aproveitar mais, e é isso mesmo, eu não sabia direito o que iria encontrar sabia do coliseu mas tem muito mais do que isso, vimos tudo, tiramos todas as fotos que pudemos, andamos pelas ruinas ou o que sobrou delas, ainda estão escavando para encontrar mais ruinas, quando nós estávamos lá no ano de 2010, sem querer querendo, nos aproximamos de um grupo grande de espanhóis que estavam sendo guiados por um daqueles guias da entrada, e começamos a acompanha-los sem que eles percebessem, olhavamos para baixo, para cima , mas sempre de ouvidos em pé para que o guia estava falando, é verdade que não falamos espanhol mas ligando algumas palavras e sabendo que o assunto é Roma antiga dá pra matar mole, ficamos sabendo que em uma escavação rotineira para uma obra de alicerces foi descoberto um cemitério, com algumas tumbas, na época estavam vários estudiosos com pranchetas e vassourinhas para descobrirem mais sobre tais objetos, o guia falava que poderia ser uma das mais importantes descobertas dos últimos tempos, as escavações poderiam ligar diversos fatos históricos que até aquele momento ainda não estavam solucionados, por um segundo me imaginei em um filme desses de arcas perdidas de tesouros ou de civilizações perdidas, mas para isso nós tinhamos que ter tempo, mas não tínhamos, decidimos naquele dia fazer todos os monumentos, estátuas, chafarizes, capelas que encontrássemos no mapa, nós até tínhamos um macete, chegávamos em uma banca de jornal e pedíamos para ver os postais ou na maioria das vezes já estavam do lado de fora para todos verem, então se ali estivesse algum postal com a foto de algum lugar que não tivéssemos visitado ali mesmo já perguntávamos para o dono da banca de jornais como poderíamos fazer para chegar até aquele local, não tem erro, assim conseguimos com muito mais rapidez achar todos os locais dos postais.
E foi assim que fizemos, saimos do Coliseu e fomos em busca de novos postais, fomos em todos, conhecidos e não conhecidos, logo veio a noite e o nosso compromisso com a tia do meu amigo já estava chegando não podíamos nos atrasar.










Fomos para o restaurante ao som de funk, ritmo que no Rio de Janeiro é tocado em todas as boates, chegamos fomos muito bem servidos e reparamos que haviam pelo menos uns 3 garçons brasileiros, e eles ainda falaram que haviam também cozinheiros brasileiros, em nossas conversas a mesa falávamos sobre a quantidade de brasileiros que trabalhavam na Itália, a tia do meu amigo ressaltou os brasileiros que trabalham no ramo musical, ela falou que a maioria dos brasileiros que iam trabalhar na Itália ou iam para trabalhar com música, animando festas ou até mesmo promovendo alguns shows ou como professores de capoeira ou outras artes marciais como jiu-jitsu, nos restaurantes a presença de brasileiros também era enorme e é claro no futebol também haviam alguns espalhados pela Itália.
Logo o jantar acabou e já eram 1:00 da manhhã, não queríamos ir para casa, queríamos aproveitar todos os momentos, a tia do meu amigo falou que nos levaria a qualquer lugar que era só agente escolher, que na próxima ela sairia conosco, então nós fizemos o seguinte voltamos para a boate que fomos pela 1° vez e no dia seguinte vamos em uma nova boate acompanhados da tia do meu amigo, assim nós fizemos, não gostamos de repetir boates mas era melhor do que ir para casa dormir, ou ver TV.





Não foi tão ruin, para variar fizemos mais amizades, desta vez de 2 belgas e 1 porturriquenho, e encontramos 2 engenheiros brasileiros que nos falaram que estavam na Itália a trabalho, todos esses encontros fizeram com que o tempo passasse, a noite passou logo, e o dia logo começou a aparecer, neste dia voltamos a pé da boate até em casa, sem mapas apenas nos guiando pelas ruas principais e o mapa do metrô que havíamos tirado para nos localizar.

Já sabíamos que logo mais iríamos para uma festa com a tia do meu amigo, passamos no supermercado e fizemos novas compras para mais tarde, chegamos de manhã super cansados, não queria nem tomar banho de tanto cansaço, queria dormir, mas eu estava bem sujo, aí não teve geito, dorminos e acordamos depois das 4 da tarde já começando a preparar a nossa pré-night, a tia do meu amigo convidou uma amiga brasileira para ir a festa conosco, então passamos a ser 5.
Antes de começar nossa pré-night demos um passeio pela cidade.












Fomos a uma night diferente das outras, 20 euros, o lugar era maior e não tinham somente turistas haviam muitos italianos, lá também tínhamos o direito de escolher 1 drink, neste lugar as músicas eram mais eletrônicas.
Dia seguinte, bem cedo fomos ao vaticano, chegamos por volta das 8 da manhã, ou até mais cedo, fomos até a cúpula de onde temos uma vista muito bonita de toda a cidade, esta foi a nossa despedida de Roma e ali mesmo já pagamos todos os nossos pecados, devem haver uns 2000 degraus para subir, o caminho começa largo, mas ao final vai se encurtando e as vezes até se entortando, quem não consegue subir bem algumas escadas, nem tente subir até a cúpula da basílica pois faltará pernas.























Este era o último dia em Roma, tínhamos que voltar para pegar o trem para chegar ao aeroporto que ficava do outro lado da cidade, diferente do aeroporto que chegamos em Roma. Preparamos tudo e deixamos alguns pertences e algumas compras que fizemos em Roma na casa da tia do meu amigo, pois estávamos indo para Madri mas voltaríamos em alguns dias.

Preferimos ir com o mínimo de roupa, e com uma mala mais vazia, pois sabíamos que poderiam nos cobrar pelo sobrepeso, e é claro mala vazia pode ser enchida, diferente de uma mala já cheia.

Nos despedimos e fomos logo em direção a estação, o trem é meio lerdo, mas conseguimos sem problemas. Sem problemas também foi o vool, dormimos a noite toda, estávamos exaustos, o problema veio em Madri.
Na verdade o vool atrasou 1 hora e meia, estava prevista a nossa chegada as 00:00, sendo que no aeroporto existe uma estação de metrô que leva a todos os lugares de madri, só que esta estação fecha 1:00 da madrugada, depois só abre as 6:00.
Não falaram, nem tivemos muita curiosidade de pesquisar, o aeroporto de madri é um mundo, de uma ponta a outra se leva 1 hora, nós desembarcamos em uma ponta e o metrô era na outra, consequência, perdemos o metrô, tínhamos a possibilidade de dividir um táxi com uma outra galera que também havia perdido o metrô, mas não achamos válido, estavam querendo cobrar bastante por uma corrida de táxi, preferimos ficar e esperar o dia amanhecer, não estávamos sozinhos, pelo que eu pude contar haviam mais umas 100 pessoas dormindo no chão do aeroporto, eu e meu amigo achamos um canto e ficamos até o metô abrir.


Até que não foi tão ruim, economizamos um pouco poderíamos ter ido de noite e chegado no albergue ainda de noite e pago 1 estadia a mais, sem contar o táxi que nos cobraria uns 50 euros. Sendo assim, chegamos no albergue bem cedo, as 6:30 da manhã. Não pudemos entrar nos quartos pois a entrada só estava liberada a partir de 12:00 mas ele nos deixou desfrutar do café da manhã que não era lá essas coisas leite, achocolatado, pão de forma, mantega e uma torradeira, para nós aquele café da manhã representava o nosso jantar do dia anterio, o nosso café da manhã daquele dia e o nosso almoço, pois em Madri não haveria tempo nem de comer, passaríamos apenas 2 dias e já teríamos que pegar outro avião para Milão.

Foi o que já imaginávamos, destruímos o café da manhã do albergue, comemos por 8, só eu tomei 2 litros de leite com achocolatado, 1 saco de pão de forma...
Barriga forrada, fomos passear, deixamos as nossas malas no albergue em um quarto dos funcionários pois não iríamos esperar até 12:00 para entrar no quarto e fomos conhecer Madri, não tínhamos um roteiro definido, nós só andamos, nós andávamos e os monumentos iam aparecendo, sem que nós o quiséssemos, gostamos de ir a lugares típicos de turistas, mas gostamos mais ainda de ir em lugares típicos de nativos, lugares que raramente turistas vão, esses passeios nos deram a possibilidade de ver um pouco da vida dessas pessoas de uma visão mais abrasileirada possível.



Já eram umas 14:00 e ainda estávamos na rua tirando fotos e filmando, resolvemos ir para o estádio do Real Madri, pelo menos pra tirar algumas fotos, quem sabe podemos entrar, chegamos e a entrada era 12 euros, entramos e demos um belo passeio por todo estádio, terminando na loja do clube




Voltando para o albergue já que nossas coisas estavam esperando por nós no quartinho dos fundos dos empregados do albergue, passamos antes no supermercado e compramos 2 pizzas pré-prontas e 2 sucos de pêssego, nada mais do que 12 euros tudo, este era o nosso jantar.
Enquanto eu ia tentando descorir como fazia pra ligar o forno meu amigo já estava fazendo amizades pelo albergue, descobrimos um grupo de uns 4 brasileiro, combinamos de nos encontrar para irmos a uma boate.

A cozinha de um albergue é o melhor lugar para fazer amizades, isto se o albergue não tiver área de lazer, que era o nosso caso, comemos, mandamos e-mail para todos e tiramos uma soneca de 2 horas, só pra relaxar o esqueleto, pois a noite prometia e pela animação dos brasileiros iria até de manhã.

Soneca tirada, banho tomado fomos ao encontro de nossos colegas, resolvemos ir para estação Sol do metrô, na verdade esta estação é como se fosse no Rio de Janeiro a Cinelândia, um lugar onde são feitos discursos importantes, passeatas e encontros da juventude em geral. Lá também existe diversas boates, para todos os gostos, escolhemos uma e entramos, não me lembro mas a entrada era 10 euros, e tinha direito a 1 drink como de costume, aliás, quase tudo estava igual as outras boates que já havíamos ido, apenas 1 coisa era diferente e fez dessa boate a 2 melhor da viagem, as bebidas, não as bebidas pela marcas Whisky, Vodka, Tequila e Licores mas sim pela quantidade e preço. Era assim, a cada 45 minutos tocava uma buzina parecida com as dos bombeiros no bar, nessa hora todas as bebidas quentes ficavam a 1 euro e você poderia comprar até 3 doses de bebidas pelo mesmo preço, a night começou a ficar boa, já chegava perto das 4 da manhã e o lugar já começava a esvaziar, voltamos para o albergue e haviam pessoas na porta tocando violão, ficamos um pouco e logo fomos pra cama estávamos exaustos.




Dia seguinte acordamos bem tarde e com muita dor de cabeça fomos rodar pela cidade fomos em direção a praça de toros, ficamos sabendo que ela só abre para visitação de 10:00 às 13:00, e já passavam das 14:00 sendo que a permanência dentro da praça é de no máximo 30 minutos.
Continuamos a andar e encontramos o Museu Del Prado, e acreditem não sabíamos, aos Domingos é gratuito, e adivinhem que dia da semana era, é claro Domingo, no interior é proibido o uso de câmeras não pude gravar nada, mas vale muito a pena, principalmente aos domingos, chegue cedo, pois lota e dá até fila.
Saindo do museu, fomos para o albergue pois já havíamos combinado com os nossos amigos brasileiros uma outra noitada, só que em outro lugar. Mas antes demos algumas andadas pela cidade.




Fizemos quase que a mesma coisa do que do dia anterior, passamos no mercado compramos alguma coisa pra fazer, descansamos e depois fomos pra balada, nesta, também tinha bebida mas não tanto quanto a outra da noite passada, estávamos ainda nos recuperando da noite de ontem, essa era a nossa despedida de Madri no dia seguinte de manhã iríamos sair pra pegar o avião até Milão, iríamos passar 2 dias lá.








A noite passou, o dia chegou e bem cedo já estávamos indo pro aeroporto, fizemos aquele café da manhã reforçado, e fomos embora, não ficamos em grandes redes de albergues, mais este de Madri valeu a pena, não pelas acomodações, lá não tinha nada fenomenal, mas sim pelas amizades que fizemos.
Novamente colocamos nosso sono em dia no avião, em torno de 3 horinhas bem dormidas.
Chegando em Milão, coisa que não deveríamos ter feito, fomos até a estação central, em busca de nosso albergue, na hora de fazer as reservas não lemos bem os comentários que haviam escrito sobre o albergue, pois bem, nos ferramos, olhamos apenas os preços e esquecemos do resto, o albergue era o Hostel Greco Milan, muito mau localizado, nunca fui em um lugar com um café da manhã tão ruim, 2 pacotinhos de torradas do tipo club social, um suquinho de caixinha de 200ml e 1 manteguinha dessas que nós encontramos em cafés da manhã em hotéis e só se você quisesse café tinha uma máquina que pingava um pouco no seu copo, área de lazer, esquece, as camas não eram em beliches e sim uma do lado da outra parecia que todos dormiam em uma cama gigante, sem privacidade alguma, sem armários com tranca para guardar seus utensilhos, nossas coisas ficavam em cima da cama, e o pior o recepcionista não falava muito bem em inglês, nem em italiano, era meio uma mistura de todas as línguas, sei lá, chegamos a perguntar se ele poderia nos dar algumas informações, o recepcionista falou que não conhecia bem o lugar, o que nos salvou foi as listas amarelas de Milão que lá era o único lugar do albergue que tinha um mapa com os nomes das ruas, realmente foi muito complicado passar 2 dias lá, sem contar que tínhamos feito reservas 2 meses antes para nós 2 e no dia só haveria 1 lugar vago, o próprio recepcionista pediu desculpas mas falou que o erro não era dele e ele não poderia fazer nada, sugeriu que eu e meu amigo dormissemos na mesma cama ou ele poderia até colocar um colchão nos fundos pois nos quartos não tem espaço. Sendo que no fundo do albergue não tem teto, é a mesma coisa que na rua, a nossa sorte foi que a pessoa que havia reservado a vaga no nosso quarto não chegou, mas mesmo assim o recepcionista havia nos alertado que caso essa pessoa chegasse um de nós teria que sair.

Chegamos com bastante fome, pedimos mais informações de lugares pra comer pois na região do albergue não tinha nada, tudo era longe, o recepcionista não ajudou muito, depois de percorrermos 2km achamos um restaurante chinês, no cardápio macarronada 3 euros, não preciso falar que esse foi nosso almoço e jantar ao mesmo tempo, sendo que no albergue não tem cozinha não poderíamos fazer algumas comprinha pra comer depois, no albergue não havia nem cozinha, nem geladeira a recepção já era a cozinha
Após comermos, fomos procurar um computador, pois no albergue também não tinha, achamos uma lan-house de um marroquino, com telefote e tudo, muito barato, acho que fiz umas 2 ligações para o Brasil, gastei 3 euros e falei bastante.
Tudo certo fomos conhecer a redondeza, andamos daqui pra lá e de lá pra cá e não achamos muitas coisas, comemos algumas pizzas, o lugar estava repleto de obras, estava tudo feio, voltamos ao albergue pois o quarto não havia tranca, e nossas coisas estavam lá.
Conferindo tudo, começamos a puxar papo com o recepsionista, pois era a unica pessoa que nós tínhamos visto até então no albergue, esta noite não fizemos muita coisa, apenas fomos dormir e as pessoas do quarto foram chegando para dormir também, nosso quarto haviam 4 camas uma do lado da outra, sendo que dormiram eu, meu amigo, uma menina sueca e um japonês, estava rezando pra que o outro hospede não chegasse, colocamos até uma cadeira que havia lá na porta, para que o recepcionista não conseguisse entrar, no final tudo deu certo.
Dia seguinte acordamos cedo, fomos ao Duomo, pegamos o metô e chegamos sem complicações.

Nossa! Quanto pombo, a praça estava tomado, visitamos a Catedral depois fomos em uma espécie de galeria chique, onde estavam reunidas todas as marcar de grande prestígio, inclusive o Mc Donald´s onde almoçamos, gastamos 4 euros na promoção, foi a melhor do dia, também um outro amigo pediu para que nós comprássemos uma camisa oficial do Milan, time de futebol, fomos a uma loja de artigos esportivos que fica atrás do Duomo, até eu gastei, vários chaveirinhos, artigos pra presentes e outras coisas, acabei comprando a bola da copa em miniatura, a famosa Jabulane.




Chegando no albergue, encontramos uma turma de chineses, e os convidamos pra comer uma pizza e tomar algumas cervejas. Nos entendemos muitíssimo bem, o difícil foi achar alguma coisa aberta na terça-feira em Milão a partir das 22:00, tivemos que comprar a pizza e irmos para uma praça pois a pizzaria ia fechar, a mesma coisa aconteceu com as cevejas.
ficamos bebendo e conversando sobre várias assuntos, logo fomos dormir pois todos estavam com viagem marcada no dia seguinte, nós para Praga e eles pra Madri.






De manhã pegamos o trem e fomos até o aeroporto de milão, não sei porque, mas o avião não parava de sacudir, até as aeromoças estavam com cara de pânico, uma olhando pra outra, o piloto toda hora vinha falar que estávamos passando por área de instabilidade, talvez seja pelo fato de estarmos passando em cima das montanhas, sei lá. Sei que esta parte da viagem foi a parte em que ficamos mais perto da neve, ou o que restou dela.



Chegamos em Praga, como esperado tudo era diferente, até a temperatura, 10°c em pleno verão europeu, chovia, fazia frio mas tudo ali era lindo, fomos em direção ao albergue, com enormes expectativas, pois uma amiga já havia ficado lá e nos recomendou, realmente era um albergue diferenciado, seu nome era River Bank Hostel por 23 euros 2 noites, para cada um, quase perfeito.



Este albergue era diferenciado pois funcionava em um prédio residencial, era um apartamentão, que transformaram em albergue, rústico, todo de madeira, incrivelmente as chaves do albergue eram distribuídas entre os alberguistas, cada um tinha a chave da entrada, isso acontecia pelo fato do responsável pelo albergue não ficar no albergue, o apartamento era totalmente nosso, o responsável só aparecia lá quando você dava entrada e na hora da saída, de manhã tinha uma moça que arrumava.
Haviam uns 4 cômodos, um deles era usado como sala, onde ficava o computador jurássico, para mandar um e-mail com 2 fotos demorava 30 min, eu não me importei pois havíamos passado no supermecado e tínhamos feito aquelas compras, resolvemos economizar mais, fizemos compras pra não gastar com comida durante um tempo, tudo deu uns 40 euros, nós compramos macarrão, molho, leite, cervejas, pão, requeijão, cebola, pastinhas de atum, tomates...tudo mesmo, o problema foi que nós esquecemos que estávamos em um mochilão e tivemos que ficar andando com tudo isso durante os próximos passeios, teve até uma cebola que nos acompanhou até Budapest. Ficava enviando e-mails tomando uma das cervejas compradas, essa era nossa pré-night.




Praga é uma cidade pequena com diversos pontos turísticos, empolgante, eu e meu amigo estávamos em casa, como Madri não faltava coisa pra fazer, é uma cidade jovem, muitos turistas, e o melhor, fica no miolo da Europa, de lá você consegue passagem pra quase todas as regiões da Europa, até aquelas que você nunca ouviu.













Não poderia deixar de falar de seu monumento mais famoso o Relógio Astronômico, todos em frete ao relógio, por uns 20 minutos com olhos fixos para que nenhum detalhe se perdesse, a expectativa era grande, o lugar era bonito, o relógio era bonito, mais de 500 pessoas olhando fixamente pra cima, esperando a hora exata do grande feito. Câmeras apostas, para guardar aqueles momentos pro resto da vida...parecia até que iríamos fazer parte da história, de repente, o sino toca e sai uma caveirinha tosca de uns 30cm que começa a bater com os dentes e volta pra dentro e pronto.






Por alguns minutos as pessoas ainda continuam olhando pra cima, esperando algo maior e mais impactante, mas não é o que acontece, é só isso mesmo pergunta uma senhora portuguesa ao meu lado, é o que parece respondi.
Por ser uma cidade estratégica, não poderíamos deixar de visitar alguns países em volta, reservamos 5 dias da viagem pra conhecer praga e alguns países, foi bem corrido mas no final valeu a pena, só ficamos com gostinho de quero mais.

Nem tudo era maravilhoso, o ruim era ter que ficar trocando dinheiro nas empresas de câmbio, não era difícil pois o que mais tinha era lojinhas de câmbio espalhadas por toda cidade, mas era chato pois nem todas tinham os mesmos valores, você as vezes tinha que se deslocar até tal agência pois apenas esta convertia euros pelo preço justo. Tirando esse inconveniente Praga é demais, com aspectos de cidadezinha pequena e grande ao mesmo tempo.


Depois de chegar e nos acomodar fizemos a refeição e eu fui beber um pouco, fomos em uma boate super famosa lá, 5 andares a Karlovy Lázne, vale muito a pena conhecer, fantástica, não filmei muito lá dentro, era um ambiente muito agitado, e escuro minha filmadora não filma bem, coloquei um vídeo sobre a boate, vejam.






Dos 5 dias que tínhamos em Praga ficamos exatamente 2, deixamos os 3 restantes pra conhecer outros lugares, no último dia em Praga fomos a tal boate famosa, chegamos da balada e fomos direto pegar o ônibus que nos levaria à Viena, estávamos exaustos, passar a noite em claro já estava fazendo parte da rotina, da viagem pra Viena não posso falar muito pois estava dormindo, mas sei que em determinado ponto entrou alguns policiais e pediram os documentos de todos, passando isso voltamos a dormir, não demorou muito, chegamos e vimos uma cidade totalmente diferente de Praga, esta era grande, realmente com porte de capital.



Estávamos muito cansados, chegamos em Viena fomos direto para o albergue, este albergue pertence a uma rede de albergues espalhados pela Europa, foi o mais caro, tudo é a parte, roupa de cama, café da manhã, o albergue era o A&O Wien Stadthalle, pagamos 1 diária 24 euros + 3 euros pela roupa de cama, não quisemos café da manhã pois tínhamos os nossos pães e geléias que havíamos comprado em Praga a 2 dias atrás, a ideia era a seguinte, chegar no albergue e deixar nossas coisas lá pra conhecer alguns lugares de Viena e comprar as passagens do dia seguinte pra Bratislava e Budapest, estávamos exautos, mas rodamos bastante pelo centro de Viena, a cidade é maravilhosa, lembra muito a Alemanha não sei por que, a cidade tem um circuito cultural fantástico, museus, teatros, livrarias, concertos ao ar livre, não vimos apenas pessoas mais velhas mas uma mistura, realmente faltou tempo pra conhecermos mais Viena, 1 dia em cada capital é muito pouco, ainda mais uma cidade do porte de Viena.











Voltamos ao albergue depois da nossa volta por Viena, estávamos tão cansados que nem jantamos, tomamos só água e fomos dormir, lavamos algumas roupas e capotamos de sono.
Dia seguinte com as passagens nas mãos fomos até a rodoviária em direção a Bratislava, capital da Eslováquia, a62 km de Viena, lá 2/3 das pessoas que estavam no centro da cidade eram turistas, de todas as idades, a capital era realmente uma atração a parte, misturando as novas construções com construções da era medieval, um show a parte, até Napoleão foi homenageado com uma estátua, por ter invadido a cidade em épocas passadas fizeram uma estátua dele em uma posição não muito legal, mas ele não foi o único a ser eternizado pelas ruas de Bratislava, a cidade é repleta de estátuas em tamanhos reais de pessoas desconhecidas, tudo de muito bom gosto. O castelo, o caminho que leva até o castelo e o caminho que leva de volta até o centro da cidade são sem dúvida os pontos fortes da visita à Bratislava.





Ao chegar no centro, você se depara com pelo menos uns 30 ônibus de turismos, de diversas partes da Europa, em outras palavras a cidade bomba. Vimos um grupo de jovens juntos e perguntamos o que estava acontecendo ou o que iria acontecer, eles nos disseram que estavam hospedados em um albergue ali perto e que um guia do próprio albergue um rapaz ia fazer um tour pela cidade e que iria percorrer os pontos mais conhecidos da cidade. Logo pensamos... isso vai ser caro, o guia chegou e perguntamos quanto seria o tal passeio, ele disse que como já mora no albergue esta seria a forma de pagar a estadia, não teria um preço, nós poderíamos dar o que nós quiséssemos, perguntamos se poderíamos fazer parte, e ele disse que sim. Pronto, já estávamos enturmados, assim conhecemos quase que toda a cidade, esse passeio durou 2 hora percorrendo a cidade, no final achei que ele iria sair de mãos abanando, que nada, teve gente que lhe deu 10 euros outros 5 euros, eu e meu amigo juntamos nossas moedas e demos 1,5 euros, é o que possuíamos, pois não estávamos querendo trocar a moeda, sendo que íamos ficar ali por apenas 1 dia.








Quando você estiver em um albergue pergunte se este tem algum guia ou indica algum, vale à pena, é lógico se for barato, este nosso guia pelo que ele disse, era formado em história e pelo que eu vi também era pós-graduado em guerras, o cara sabia tudo de guerras, deu show, o grupo no final do passeio já estava em umas 30 pessoas, não imagino que ele tenha saído dali com menos de 50 euros. Ele fazia este passeio 2 vezes por dia, uma forma prazerosa de trabalhar, sem muito compromisso.

Bratislava é uma cidade pequena dentro de um pais pequeno no meio da Europa, podem ver no mapa, para mim a cidade divide o que nós chamamos de Leste Europeu, dali partem ônibus para diversos pontos da Europa por ser uma região central , recebe turistas de todas as regiões, principalmente alemães e austríacos, a cidade também recebeu por nós o título como a cidade com as mais belas mulheres de toda a Europa, desbancando a famosa Praga, era incrível.

A cidade não tem muitas belezas naturais, por outro lado a arquitetura de seus edifícios e o centro antigo da cidade te remete a uma Europa bem antiga, as vistas panorâmicas fazem tudo se encaixar normalmente, chão de pedra, telhados vermelhos, casas de pedras e uma ponte futurista que liga a parte velha da cidade a parte nova.








Bratislava como qualquer cidade da Europa com um castelo é repleta de turistas, principalmente aqueles de excursão, que chegam aos montes, e andam em grupos, muitos bares e restaurantes, nós para variar almoçamos no Mc Donald´s, mais pra economizar, nosso almoço foi uns 5€.


Passamos todo o dia em Bratislava, tomei cerveja local é claro e de tarde fomos embora, pegamos o ônibus de volta para Viena onde tínhamos deixado nossas malas em um armário com defeito, esse armário ficava dentro da rodoviária de Viena, estava escrito, ausser betrieb, que quer dizer em Português fora de serviço, é claro que só ficamos sabendo na volta quando fomos retirar as nossas coisas de dentro do armário e o tal não liberava as nossas bagagens, perdemos um tempo até um funcionário nos alertar que não funcionava, veio então um senhor com uma cara do tipo {eu não sou pago pra fazer esse serviço} para tentar destravar nossas coisas, destravamos e recebemos o dinheiro de volta pelo transtorno, no total dava 20 centavos de Euro.
Embarcamos no ônibus em direção a última cidade da nossa viagem Budapeste, pegamos o ônibus no final da tarde, deveríamos chegar por volta das 22hs.

No caminho um por do sol fabuloso, já dava dica do que iríamos encontrar pela frente, estávamos observando tudo, a estrada, as casas, as pessoas, nada passava despercebido por nós, no início da noite chegamos na alfândega de lá, entrou uma policial e começou a pedir os documentos de todos, acordava quem estava dormindo e mandava pegar os documentos, no nosso caso ela deu uma olhada pro passaporte, uma olhada pra nossa cara e pronto deu boa viagem, não demorou mais do que 15 minutos e já estávamos de novo na estrada só que já em solo húngaro.



Chegamos 1hora depois do marcado às 23hs, tudo já estava às escuras, saímos do ônibus e entramos em uma fila para pegar as bagagens, aí que fomos ver por que as pessoas as vezes preferem viajar de ônibus ao invés de avião, no avião não se pode carregar muita coisa e se quiser carregar terá que pagar a mais, já no ônibus, não acontece isso, teve um cara que estava na nossa frente que ele estava carregando uma mala que deveria estar com uma moto dentro, tiveram que ir 3 pessoas pra ajudá-lo, toda fila demorou muito, saímos por volta das 23:30, para procurar nosso albergue, no mapa que nos deram antes de viajar, a rodoviária ficava a 2 minutos da estação do metrô, e o albergue ficava a 5 estações + ou – a 2 km da rodoviária, e ainda tinha que andar uns 15 minutos da estação do metrô ao albergue. Tudo certo só esquecemos um pequeno detalhe, na época da viagem em 2010, a Hungria pertencia a União Européia, mas não tinha o Euro como moeda e também não aceitava o Euro como pagamento tinha que ser a moeda deles o Florim (HUF), aí começou a busca por bares, lojas, postos de gasolina, qualquer coisa que pudéssemos trocar os nossos euros, não tinha, dentro da rodoviária já estava tudo fechado, não demos sorte e a rodoviária começou a fechar, ficaram algumas poucas pessoas lá dentro, lembramos que havia o cartão visa que eu havia feito pra isso mesmo, emergências, só que quando fomos ao metrô já havia passado o último trem, não tivemos outra escolha, o negócio foi andar, andamos muito umas 2 horas, nos perdemos várias vezes, por fim encontramos o albergue, bem, se eu podia chamá-lo de albergue, uma mistura de escola abandonada com galpão abandonado.

Tudo era muito estranho, muitas carteiras de escola, mesas de escola, os dormitórios eram muito pequenos, não tinha tranca na porta, nos corredores várias latas de lixo, tudo muito estranho, não havia camas e sim colchões, achamos um computador e fomos mandar e-mail para todos, pois já passavam uns 3 dias sem notícias, mas vimos que por 7€ tava muito bom, estávamos morrendo de fome, fomos procurar um lugar pra comer, perguntamos no albergue e eles nos informáram que havia uma lanchonete marroquina a poucos metros dali, fomos quase que correndo, estávamos com tanta fome que nem quisemos saber o preço, pedimos o que vimos de maior, vimos um kebab mata fome do tamanho da minha cabeça e compramos, saimos de lá satisfeito, 1° vez que havia comido kebab, muito bom, no Rio de Janeiro nunca vi, aqui parecido com o kebab é o famoso podrão, que leva um pouco de tudo.

Saindo da lanchonete aproveitamos a tranquilidade da cidade a noite para dar uma volta, fomos em direção a uma das pontes que existe na cidade, já naquela altura estávamos maravilhados com a cidade, e começamos a escutar um barulho, uma movimentação e vimos de longe uma festa, começamos a andar em direção a ela, era uma terça-feira, passava das 1 da manhã e estávamos em frente a uma boate chamada RIO, isso mesmo RIO com músicas tropicais como dizia um outdoor do lado.
Chegamos, e fomos perguntar quanto custava pra entrar, o segurança disse: free...
Não entendemos muito bem e retornamos a perguntar e ele falou mais alto: freeeee

Agora sim, falou a minha língua, entramos e tudo era diferente, diferente de todas as boates da europa que nós tínhamos ido nos últimos dias era grande imitava muito as boates de alto nível do Rio de Janeiro e de são Paulo, era aberta, com alguns espaços cobertos, bares espalhados por toda a boate, lá também vendia cerveja em litro o litro tava 3€ muito barato, bem uma boate show de bola, ficamos ali até umas 3 da manhã, não estávamos cansados, mas tínhamos que acordar bem cedo pois iríamos visitar toda a cidade no dia seguinte e no final do dia iríamos pra Praga direto pro aeroporto
Dia seguinte não conseguimos acordar cedo, acordamos meio dia, almoçamos miojo no pão com cebola, a mesma cebola que estávamos levando desde praga, ela viajou bastante, mas acabou ali, almoçamos e fomos no Museu do Holocausto não me lembro muito bem o valor da entrada mas devia ser em torno de 10Euros não tenho muitas imagens de lá pois era proibido tirar fotos e filmar lá dentro, mas vale a pena conhecer as diversas histórias daquelas pessoas que passaram por momentos horríveis, e ficaram registrados.

























Passeando pela cidade vimos que não conseguiríamos conhecê-la em apenas 1 único dia, é uma grandiosa capital, algumas capitais da Europa são necessário uns 3 a 4 dias para conhecer suas belezas, mas Budapeste no mínimo 6, é realmente impressionante a beleza, de longe a cidade que mais nos surpreendeu, não esperava tanto, pretendo voltar com certeza, o dia passou rápido e logo tivemos que voltar pra rodoviária, viajamos a noite toda, pra chegar de manhã em praga, chegamos 3 horas mais cedo aproveitamos pra dormir mais um pouco no banco de fora do aeroporto.

Chegou na hora do nosso vôo para Milão, era tudo bem simples, iríamos sair de Praga de manhã pra Milão e no mesmo dia iríamos pegar um vôo de Milão a Roma chegando de noite em Roma, para nossa surpresa, Milão estava desabando de tanta chuva, o aeroporto ficou sem luz umas 2 vezes, ficamos presos no aeroporto de Milão por 3 horas, tempo suficiente para chegarmos em Roma, mas no final tudo deu certo, chegamos em paz.
Na noite seguinte fomos nos despedir de Roma, pra variar fomos a uma boate famosa de lá, só que essa era freqüentada por italianos, a entrada dessa boate era de 20 Euros, estava incluso 2 drinks, como era uma despedida achamos que valeria a pena, e valeu.

No dia seguinte acordamos bem cedo arrumamos as coisas, nos despedimos da Tia do meu amigo e agradecemos, pois sem ela não faríamos muitas das coisas que fizemos, sem ela não teríamos onde deixar uma parte da nossa mala, que ficou o tempo todo em Roma, teríamos mais um gasto em Roma, e é claro comida e um ótimo lugar pra ficar, perto do metro e de tudo. Agradecemos e fomos pro aeroporto, lá pela 1° vez em 20 dias iríamos nos separar eu iria para o Porto e o meu amigo para Lisboa, eu como havia dito estava prestes a encontrar com meus familiares e começar outra viagem só que esta vez de carro por Portugal, Espanha e França. Meu amigo iria pra Lisboa ficaria 2 dias e voltaria pro Brasil.


E assim foi feito, nos despedimos e se deu fim ao nosso mochilão 2010, e agora estava começando a 2° parte da viagem para mim, por 3 países de carro.



Números finais do mochilão:

É quase impossível calcular exatamente quanto gastei, mas posso passar alguns números que são fáceis de saber por conta de recibos de compras.

Passagens de avião = 9 + Passagens de ônibus = 5 TOTAL GASTO = + ou - 2.900,00 Reais

Albergues = 5 /Diárias = 8 TOTAL GASTO = +ou- 300,00 Reais

Gasto com seguro de vida 300 Reais

Esses foram os maiores gastos, entrando para essa conta somam as despesas com metrô e trem em torno de 250 Reais.
Almoço, lanches e jantares tudo fica em torno de 360 Reais.
Gastos com bebidas e baladas ficam em torno de 336 Reais
Gastos com entrada em museus, eventos, castelos e igrejas ficam em torno de 120 Reais
Gastos com presentes ficam em torno de 70 Reais

Total de despesas + ou - em  4.636,00 Reais









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